quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A malandragem dela

De mente aberta, 
Ela guarda tudo.
Ela lembra no final
De coisas que eu fico até mudo.
Me deixa pra trás
Na arte de ser malandro,
Essa mina tem valor, 
E a cada dia vai melhorando.
Se eu pedisse ao céus para encontrar alguém assim,
Certamente não o iria,
Mas ela está bem ai na frente,
Só falta ter boa pontaria.
A malandragem dela realmente me comove
Não adianta se esforçar, 
Ela é mais que esse seu grau nove.
De repente sinto a falta dela
Dela eu sinto saudade,
Mas como ela é malandra,
Deve estar a reconstruir..
Nossa amizade. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Menina Pequena

Menina pequena,
De rostinho branco
E mãos de veludo,
Desejo saber
Qual é que vai ser
Entre nós dois no fim do mundo...
Menina pequena, 
Que os olhos são puros
E os cabelos estão por enrolar,
Te proponho uma noite,
De sexta ou sábado,
Para a gente se amar...
Menina pequena,
Que domina os idiomas
E sonha alto,
Comigo tu podes ficar
Sem o salto...
Menina pequena, 
Que de pequena nada tem
Se soubesse a altura da tua beleza,
Estarias a voar!

domingo, 2 de setembro de 2012

Quando escrevo, ela lê

De baixo da árvore,
Em casa, na rua
Parada, andando,
Olhando a lua...
Quando eu escrevo, ela lê
E ela lê muito pouco
Porque escrevo no sufoco
Escrevo poucas palavras 
Palavras de um louco mas...
Ela lê quando eu escrevo
Se eu tiver que usar desse artifício
Para que ela possa me lembrar
Certamente o farei
No intuito de te avisar
Quando eu escrevo, ela lê
Ela lê quando eu escrevo

sábado, 16 de junho de 2012

Soneto de sábado sozinho

A luz vai se dissipando com a chegada da lua
E o relógio marca altas horas
Filmes antigos, de senhores e senhoras
Eu não pertenço a isso e a culpa é sua

Você que passa sete dias sem mim
Você que fica calada
Teu silêncio barulhento de estrada
Leva de cá pra lá meu anjo querubim

Em uma noite dessas eu me desespero
Olha que não vai ter volta
Jogar comigo assim é motivo de revolta

Certo sábado vai ser como eu quero
Vão te perguntar onde estou
Vou ser feliz, coisa que você não ousou

terça-feira, 12 de junho de 2012

Responsabilidade

Na teoria não é muito bem compreendida. 
Responsabilidade é coisa para se ver na prática. 
Está no suor, 
No cansaço.
Responsabilidade a gente não vê na televisão.
Ou até sim, mas somente após muita exploração.
Por isso prefiro os livros,
Os livros feitos por responsáveis escritores.
Responsabilidade de uns tempos para cá
Nada mudou, mas se exilou.
Visto de um ângulo diferente
Responsabilidade não é termo de homem novo, de cultura pobre
É para os fortes, determinados, jamais para o nobre
Porque ainda acho que responsabilidade é trabalho
É estudo, 
É a garantia, uma reserva, uma missão
Responsabilidade para mim e meu amigo João
É sentar na praça, não desanimar, seguir 
Seguir e não olhar pra trás.
Responsabilidade, na verdade, pertence à humanidade.
A mim e a você
Cabe ser responsável no ir e jamais retroceder.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Você aí, eu aqui, nós assim

Não entendo o porquê, mas os melhores momentos pra mim se dão à noite. Noite de verão, quente. Noite de inverno, fria. Não importa. E eu cheguei naquela festa. Cheguei com meus amigos. O lema era diversão. E você já sabe o que esperar de nós. Você sempre soube que eu tenho esse complexo de loucura, de simplicidade e humildade, mas de libertação nas noites de festa. Não me lembro da música, hei de confessar, mas lembro de ti. Ah, lembro. Enquanto uns dizem que a bebida enlouquece e faz mal, eu prefiro admitir que ela é efêmera, mas também animadora. E foi assim. Acabei te vendo. Vi muita gente. Fiz amigos. Abracei desconhecidos. Mas te vi. E você sorriu. Você sorriu porque eu tava muito engraçado. Na multidão até me perdi, mesmo assim te vi. Por um segundo tudo era diferente. Você chegou. Somos amigos, você tinha que vir falar no meu ouvido que eu estava péssimo, faz parte da intimidade. E você falou. O som abafou tuas palavras de modo que só eu escutei. Te abracei. Mas isso já era esperado. Se abracei eles, por que não faria isso contigo? Até pensei, pensei que você fosse recuar. Você me aceitou, novamente sorriu e ficou ali comigo, encostados, mais calmos decerto. Fiquei calmo porque estava contigo e a gente tava bem. Mas uma sensação me tomou e eu comecei a falar coisas, tantas coisas, palavras como flechas. Foram coisas boas. Falei que gostava de ti, relembrei os momentos, fiz perguntas e não deixei você responder, foi tudo rápido, mas eu falei tudo que tinha no interior e estava trancado. Pra mim, aquele momento foi mágico. Mágico teria de ser. A gente se beijou. Foi real, você sabe. Foi real. Você cuidou de mim. Por segundos me senti mais forte. Mas foi tipo sonho. Paixão de amigo. Porque a gente se ama. A gente se ama como irmão. E você pode estar longe de mim, eu de você, pode mentir, não saber o que fazer. Mas tem um espaço guardado pra você. Porque não importa se você está aí e eu aqui, a gente vai ser sempre assim.



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Resumir você

E pensar que hoje era um dia normal. Dia pra se seguir uma rotina. Quem sabe umas provas no colégio, um bate papo banal na esquina da rua ou um aceno àquela senhora de 70 anos. Mas sequer faz dez anos que eu te conheci. Sequer cinco anos. Tempo suficiente para ser resumido em apenas um dia. Lembrei de tudo, praticamente: do marco inicial - as descobertas e incertezas ao marco final - uma intimidade sem limites e sorrisos tortos. Você para. Você senta. Você cria suspense. Você acha que sabe tudo. Você aprende que não sabe nada. Esse paralelismo todos precisam passar, é um processo. Nós passamos. Nós é uma palavra errada. Mas eu resumi você hoje. Hoje eu te resumi. Lembrei de uma coisa que você lembra, também de uma coisa que só eu lembro, tenho certeza. Mas lembrei de você porque queria. Queria lembrar das nossas conversas e lembrei; imaginar nossas caras quando eram ditos tantos absurdos da imaturidade e imaginei; calcular seu sorriso diante de minhas premissas de amor e calculei. E você ainda olha pra mim e diz que o futuro é incerto. Você não sabe o que eu passei, você ainda não sabe. Você é tudo pra mim. Leva embora o dia ruim, faz cara de honesta, mas adora sacanear, me envergonhando, enrugando minha testa. Um vergonha gostosa. Mais gostoso ainda não é só imaginar o passado, mas o futuro. Pois ele é certo. Nós, não em casa, muito menos na faculdade, longe de estresse, de qualquer atrocidade. Nós livre. Nós após atravessado a ponte de dor, sorrindo sem caô. Você também precisa resumir seu dia. Se você resumir seu dia, me encontrará. Se me encontrar, ficaremos juntos. Porque, por mim, eu resumiria a todo instante, pra todo momento, supérfluo que fosse, me encontrasse com você.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A gente sempre volta

A gente pode até brigar,
Melhor se conhecer,
Se distanciar
E não se ver.
A gente pode até discutir,
Se ocupar de outras formas,
Pode parar de rir
E caminhar só por linhas tortas.
A gente pode ocultar o papo reto,
Dizer coisa não pensada,
Negar contato direto
E topar, e topar, e topar na estrada.
Mas sei que a gente volta.
A gente volta sempre.
O orgulho a gente solta.
A gente volta sem presente.
A gente já brigou.
Ainda vamos brigar.
Só que ninguém ainda ousou
Isso um ao outro falar.
A gente pensa igual
Na ida, na volta
Brigar não é nosso mal
Porque a gente sempre volta

domingo, 27 de maio de 2012

Mechas do teu cabelo

Minhas mãos pedem,
Às vezes suplicam por
Estarem em teu cabelo
Acariciando, modelando-o

Mechas que só faltam falar
São como ondas que se quebram
Só pra mim, talvez sim,
Mas apenas se fecham

Não o comparo com outro
Porque o teu tem mechas escuras
As vezes que já me encantei são inúmeras

Filósofos encontrariam a resposta
Se existe realmente um Deus
Quando olhassem pra ti, pros cabelos teus

terça-feira, 15 de maio de 2012

Sexta à noite

Pelo simples fato de ser sexta, já fico feliz. Tem o futebol com os amigos da vila, alguns filmes legais na minha nova tv por assinatura e o churrasco na vizinha, mas, hoje, o plano é outro. Ligo pra ela pra confirmar o horário do nosso encontro de logo mais. Mentira, ligo porque estou com saudade. Por fim, cedo: realmente prefiro sair com ela a qualquer outra coisa. E isso eu não digo a ninguém, especialmente a ela. É coisa minha. Da mesma forma que é típico dela sempre chegar muito atrasada. Marquei às dezenove horas, ela chegou às vinte. Ela me beija, inventa uma desculpa que eu nem pretendia saber e honestamente me conquista novamente. Estamos no shopping, ele está lotado e num clima legal. Nós gostamos de movimentação, às vezes. Como curtimos as mesmas músicas, os mesmo filmes e também os mesmo livros, fica fácil nos ocuparmos. Antes que o filme comece, temos tempo de comprar um livro e um cd, ambos lançamentos que ela tanto esperava. Na verdade, nós dois (segredo meu). Não sei por que ainda assisto filme de terror com ela. Ela me morde, me aperta e ainda grita no meu ouvido. É tão doloroso. Mas, também é engraçado. É viciante. É excitante. O filme acaba e nela vejo um sorriso. De luzes apagadas, ainda dá tempo para um beijo demorado, até que a senhora ao nosso lado nos pede licença para passar. Ela sorri, eu a acompanho. Em outro dia eu iria levá-la pra casa, mas é sexta, hoje não temos pressa. Não tenho carro, tenho uma moto. Com prudência ou sem, gosto de correr na estrada. E ela me aperta mil vezes mais do que durante o filme de terror. Mas, quando chegamos à praia, tudo se tranquiliza. O vento me inspira, faço um verso, faço outro, construo uma rima fatal e ela me abraça. Não é noite de lua cheia, mas tem estrelas. E mesmo me sentindo um, não sou herói. Portanto, levo-a pra casa, antes que algo de ruim aconteça. Mas, é questão de cautela, não medo. Ela está muito sonolenta, por isso só me dá um beijo, um abraço forte e um tchau. Minha sexta-feira foi assim. Não são todas iguais, claro. Mas, poderiam ser. Nos meus sonhos são. Não me importaria de viver por ela. Na verdade, nos meus sonhos todo dia é sexta-feira. E, nos meus sonhos, todas as sextas-feiras são assim.

domingo, 13 de maio de 2012

Eu cresci e você não percebeu

Eu durmo cedo. Estudo mais. Estudo, larguei o skate no canto do quarto. De vez em quando eu toco violão, mas não é regra. Não sei se isso é se dar o valor, mas eu não corro mais atrás de ninguém. Eu ainda vou a festas, bebo menos, a responsabilidade agora mora em mim. Não sei se fiquei chato, mas cresci. Digo que cresci porque me sinto forte. Mesmo forte, sei que posso cair a qualquer momento. Durmo menos, penso mais. Passei por três fases até agora: momento de sentir ódio, momento de não sentir nada, momento de sentir saudade. Pensei tanto que agora tenho mais idade. Senti ódio quando me vi sozinho depois de tanto tempo junto a ti. Esqueci de tua existência quando conheci coisas novas. Mas, senti saudade quando percebi que nada novo é melhor que o nosso velho papo, o nosso incomparável sossego. Eu não sei o que o futuro nos vai proporcionar. Se agora cresci, preciso esquecer a ideia de brigar. Existem coisas que vão sempre estar comigo, tipo: ansiedade, medo, inconstância, positividade, fraternidade, religiosidade e até o dom da imaginação. Você precisa entender. Vou sempre preferir um cantinho na praia ou um filme de comédia romântica, mas ainda assim vou mudar. Vou crescer. Tomei decisões, escolhi caminhos. Mas, cresci, vou crescer mais e os planos terão que ser mudados. Sonhos de adolescente não serve mais pra mim. Tudo bem que meu sonho não era lá grande coisa. Mas, vou mudá-los. O problema é que você era esse meu sonho de menino, tipo, você sabe, ter um dia só pra nós, fazer compras e assistir um filme. Sempre pensei como homem e agi como mulher. Você sorri sempre com isso. Mas, vou mudar meus sonhos. Meus caminhos são outros. Talvez até seja rico, pobre, feliz, infeliz, solitário, bem acompanhado, charmoso ou extravagante demais, mas, eu quero crescer, viver para ver. Do antigo já cansei, de sonhos bobos já deu. Eu cresci e só você não percebeu.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Coisas tuas

Do sol eu sinto o calor
Do mar sinto o frescor
De ti recebo o sorriso
Que elimina toda dor

Das nuvens me vem a esperança
Do vento me vem lembrança
Da música vem a melodia
Que compõe a nossa dança

Das ondas, das montanhas
De um dia de neblina
Tudo misturado em façanhas
Como a ressurgência cristalina

Do tempo absorvo a maturidade
Do teu colo recebo carinho
Da distância tiro ansiedade
E do meu coração some um espinho

Do primeiro ao último beijo
Férias de verão ou inverno
Do coração vem o desejo
De te ter como amor, 
Como amor eterno

terça-feira, 8 de maio de 2012

Velhos mistérios

Existe algo que nos prende
Mais forte que a saudade
Decerto não é maldade
Um quê de insuficiente...
Mas existe algo que nos prende
Pra saber precisa ser inteligente
Pensar mais que o suficiente
E entender o poder da mente
Porque existe algo que nos prende
E eu quero saber
Os segredos descobrir
Quero entender
E depois dormir

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Andando de skate

De bermudão e um tênis novinho
Coloco no ouvido o som do armandinho
Sem prévia, sem aquecimento
Fico preparado pra cair sobre qualquer cimento
Porque o que vale é a diversão
Adrenalina, loucura, é assim a sensação
Cair não é bom
Levantar é difícil
Mas, não esquenta se não tem dom
Porque te garanto que não é impossível
Enquanto isso eu vou descendo a minha lomba
Olhando as gatinha, curtindo a vizinha
E voando como uma pomba
Ou outro pássaro qualquer
Eu ando pra sorrir, por consequência vem mulher
O dia demora a cair
E sempre olho o sol partir
O cansaço não se faz presente
Às vezes ser jovem é suficiente
Seguro meu skate, 
É hora de pra casa ir
Pelos cantos da rua eu vou
Uma última manobra dou
Mas, sempre sem me distrair

sábado, 28 de abril de 2012

Filosofia de amor

Não precisa ser rei ou doutor
Pra entender que o remédio pra dor
É o amor
Mas, se você se esconde e corre
Preciso te falar que ninguém morre
Por amor
Não interessa se é sabedor
E da vida se faz professor
Em amor
Porque de tudo que vi 
Eu jamais esqueci
Do amor
Mas, se não for pescador
E num sonho ousou
Enfrentar o amor
Te alerto, te falo
Por fim eu me calo
E vivo o amor

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eu e você - mutualidade

Eu desmarcaria minha presença no jogo de futebol
Para ir passear com você
Eu diria para o meu patrão que estou doente
A fim de cuidar de você
Eu ligaria para os meus pais avisando que não posso ir ao jantar da sexta-feira
E ficaria deitado assistindo filme com você
E se o som das nossas vozes não fossem o suficiente
Eu buscaria o violão e lhe faria uma serenata
Você sabe que sim
E quando o sono batesse
Eu deixaria de ser humano 
Anularia qualquer cansaço para te vigiar
Mas como ainda sou humano
A única coisa que posso fazer é contigo sonhar
E você sabe que tudo isso eu faria
Se você fizesse o mesmo por mim 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma dose a mais de coragem, por favor!

O frio invade
Sinto-me com mais idade
Não pelo tempo que passou
Mas, pelo tempo que com você não estou
Escuto um som de muito longe
Não sei diferenciar
Talvez seja tua gargalhada
Ou teu resmungar
Os outonos são sempre os mesmo
Os invernos não
Agora eles são mais rigorosos
Mas, você ainda longe aquece meu coração
Saudade de sentir pudor
E necessidade de sentir teu calor 
Nada mais posso fazer
Uma dose a mais de coragem, por favor!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Deitado em teu colo

Deitado em teu colo
Segurando tua mão
Nada mais me tira a atenção

Seja vendo as estrelas
Ou pensando em coisas pra dizer-te 
Essa noite vai ficar guardada no meu coração

Chamo-te de menina
Porque gosto do teu meigo olhar
Mas te sinto mulher
Porque aprendi contigo o que é amar

Apenas não tenha medo
Amar jamais foi crime
Mas, se algum dia for
Segures em mim que pra longe iremos viajar

Noites frias, 
Dias quentes
É difícil saber se mentes
Pois, tu és diferente das outras gurias

Sobre o banco da praça
Podemos ficar a noite inteira,
Sem medo dessa raça 
Que insiste em fazer do amor uma coisa passageira...

E pensando em tudo isso
Vamos calmamente relaxando..
Tocando.. pensando.. 
Aman...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Só nós dois

Na paciência dessas ondas do mar
Eu começo a nos imaginar..
É mais que mera sorte, 
Não há nada que importe,
Se você me amar..
Eu quero ter dentro de mim essa paz,
Coisas que só você entende e faz,
E por mais que o ar me inspire
Pra fazer sonetos livres,
Teu sorriso é bonito demais..
É um sonho bobo, 
Não importa, vou te contar
Vi no céu aquele brilho lindo do seu olhar..
Como um passado, um presente,
Um futuro improvisado,
Essa noite não pode acabar..
Vem cá, senta do meu lado
Até as estrelas vão se apaixonar
Não dá.. pra ficar parado
Teu sorriso é o som desse luar..
"_Essa noite vai ter fim", 
Foi o que disse a maré, 
Pra você ficar perto de mim..
Se o frio da praça insistir em tocar você, 
Pode deixar comigo que eu vou te aquecer..
E não precisa me pedir
Pra me ver sorrir depois, 
Pois sempre e sempre
Será o início
De nós dois..

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A onda e o vento

Certo dia, porém, num local em que nenhuma presença humana fora sentida, intrigavam entre si a onda e o vento. A onda não entendia por que todos esses anos, por toda a existência do planeta, tivera que suportar pacientemente o seu companheiro natural, o vento. Não tinha uma noite sequer de paz (raras ocasiões) em que a onda pudera dormir sossegada. Ele não parava, era inquieto, era constante, era frio, estava sempre empurrando a pobre da onda que, sem força e até sem respostas para aquilo, nada fazia, tornava-se realmente passiva. Entretanto, um dia isso mudou, a onda caiu em si e voltou-se contra o vento, perguntando-o: _"Vento, por que insistes em ficar me importunando, será que não tens mais a fazer? E o vento, já ofendido pela objeção da onda, rebateu dizendo: _"Não importa o que tenho a fazer! Pudera ou quisera estar longe de ti, mas estamos traçando o mesmo sentido ao qual o criador do universo nos destinou." A onda, por fim não entendendo, não falou mais nada. Enquanto ambos, companheiros de uma eternidade, de infinito espaço de tempo, não se falavam, criou-se um vácuo entre suas razões, pois, ambas decerto não sabiam a real resposta para tudo aquilo, o porquê de viverem juntos e terem pensado naquilo tão tarde. O vento, muito tempo após ter ofendido sua amiga onda, disse a ela: _ "Desculpe-me, companheira, pois não soube ser gentil ao teu holocausto, a verdade é que encontrei uma possível resposta: não podemos nos separar, tu precisas de mim, eu preciso de ti, gero teu movimento, todo teu mover depende de mim, ao passo que se não fosse esta minha função natural, o que restaria de mim?" A onda assentiu, pois, agora não restava dúvida, era a resposta que ela procurava, mesmo não encontrando sentido nessa obrigatoriedade do destino, cuja principal objeção é aceitar e seguir a vida.
Assim é na vida real. Tantas coisas nos são colocadas no caminho, tantas aventuras temos de percorrer, mas, se muitas vezes não encontramos respostas, logo desistimos. A paixão é assim, o exemplo mais destacável possível. Ela nos pega de surpresa, muitas vezes pode nos fazer feliz e nos conduzir ao amor, entretanto, muitas vezes pode nos arrastar para um mundo de tristeza e melancolia que nos deixa cego - no sentido literal da palavra. Assim como as ondas precisam do vento, nós precisamos do amor. 

domingo, 1 de abril de 2012

Vou surfar no teu mar

Vou acordar bem cedinho
Mesmo depois daquela longa noite tomando vinho
E te tirar do nosso ninho...
Te colocar nos meus braços
Você já aproveita e me dá uns abraços
E está feito nossos laços...
Vou te colocar no mar
Ir pegar minha prancha sem demorar
Para tão cedo a gente surfar...
Você vai dizer que não consegue
Vai fazer charminho pra que eu te pegue
E eu vou te atacar como um moleque...
Enquanto você preenche qualquer vazio do meu coração
Sinto bem pertinho de mim a tua respiração
Que de tão intensa me mostra em detalhes o tamanho dessa paixão...
Mesmo que o relógio lá no quarto não esteja nos esperando
Eu planejei agora estar surfando
Mas, como conseguir se você insiste em ficar me beijando?
É magia, é desejo, é um sonho
Teu sorriso me contagia, daquele jeito, eu suponho...
Se à tarde você quiser acender uma fogueira
Ficar tipo de bobeira
No violão soltando aquela batida regueira,
Saiba que sem pressa irei esperar
E no corre-corre dos bichos
Eu vou surfar no teu imenso mar...

sábado, 31 de março de 2012

O que você deve estar fazendo agora?

O que você deve estar fazendo 
Enquanto eu tomo meu café da manhã?
O que você deve estar fazendo 
Enquanto trabalho para garantir o pão de amanhã?
O que você deve estar fazendo
Quando fico sozinho e pensativo no meu canto?
O que você deve estar fazendo
Quando olho para várias mulheres e não acho nenhum encanto?
O que você deve estar fazendo 
Enquanto eu estou falando de você para outro alguém?
O que você deve estar fazendo
Quando sento de frente pro mar e você pra perto de mim não vem?
O que você deve estar fazendo
Enquanto eu fico me perguntando tudo isso?
O que você faz de tão importante 
Que não vem completar o coração desse mestiço?
Se músicas e poemas me fizessem parar de pensar em ti 
Certamente não estaria pronto para perdoar qualquer passado
Mas, meus sonhos me mostram coisas que antes não vi 
Quisera ou pudera reverter  isso a fim de hoje ser amado
Não sei se encontrei respostas para essas perguntas,
Porém, sinto tua presença e teu espírito
Mas...
O que você deve estar fazendo
Enquanto sonho contigo, leio teu livro e escuto teu artista favorito?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Somam-se os dias

Seja um, talvez dois
Não importa a quantidade de anos 
E sim que importante sois...
Talvez não te lembres dos primeiros passos
Ou das primeiras gargalhadas
Mas, com certeza te lembras dos abraços
Dos embaraços, 
E até das topadas
Porque nós sabemos que a vida é uma montanha russa
Sabemos também que tu és uma musa
E estás sempre atenta, nunca confusa...
Ao piscar os olhos
Nunca perdes de vista teus amigos de verdade
Portanto, nada deve se mudar agora com a maior idade...
E o teu sorriso?
Deu suporte para que somassem anos a alguma pessoa
E o teu improviso?
Não partirá de ti sequer num passeio de avião ou de canoa...
Somam-se, pois, os dias 
Não sei se tu sabias!
Mas precisas sempre procurar evoluir
Afinal, 
Se tu somares mais e mais dias,
Me farás sobretudo sorrir

terça-feira, 27 de março de 2012

Top da balada

De longe logo vi
Num vestido diferente,
Corpo perfeito...
Dancei várias músicas sem dela me distrair
Pouco a pouco fui gravando a imagem dela na minha mente
Até que tomei jeito...
Quando me aproximei 
Notei o olhar mais bonito 
A face mais bem desenhada por Deus...
Não ia ser fácil, por isso até ensaiei 
Um 'oi' talvez pudesse ter dito
Mas fui tomado pelo inconsciente dos raios meus... 
Não sabia se fora na minha infância 
Mas em algum momento eu já tive essa ânsia
Num gesto habilidoso eu a toquei
Decerto de cara não a beijei
Mas foi o que eu mais desejei 
Quem dera ter tão imenso afeto por aquela menina 
Seria talvez um sorriso eterno
Uma possível realização do destino
Ter ela abraçada a mim num ato de adrenalina
Então por fim ela me correspondeu 
Dançamos muito durante a  festa
Quando o fim da noite chegou, o amor em nós bateu 
Acordei e descobri que tinha tudo sido sonho meu
Entretanto a alegria me comoveu 
Quando vi uma marca de beijo na minha testa

sábado, 24 de março de 2012

As fotos dela

Noites de outono
A brisa traz o sono
Paro e lembro dela
Canto uma canção
Mesmo sem inspiração
Porque sinto a presença dela
Mas, a noite que me toca
Não me deixa mais lágrima morta
Isso só foi no passado com ela
O tempo foi ousado
Levou ela lá pro meu passado
Mas, a menina que vejo na janela é ela
E novamente vem à tona as memórias
As brigas que nos ajudaram a ser pessoas menos descriminatórias
Hoje estão nas fotos dela
E que seja assim,
Oh, doce esperança no porvir
Porque se o destino escolheu assim
Se nossas atitudes nos proporcionaram esse fim
É pela minha felicidade,
É pela felicidade dela

segunda-feira, 5 de março de 2012

Diversos tipos de sonho

Sonho que estou com um amigo
Sonho que encontrei em alguém um abrigo
Sonho coisas tão reais
E também sonho coisas tão banais
Sonho tanto que é difícil lembrar
Sonho sonhos que busco realizar
Sonho com o sol, o vento
A noite, o tempo
A distância, o sentimento
Sonho com uma festa
Que se realizou ou ainda vai se realizar
Sonho que me testa
Pra ver se estou realmente pronto para amar
Sonho com música,
Com filme
Sonho sonhos repetidos
E ainda com sentimentos atrevidos
Acredite, pois, que, depois de um longo sonho, acordo sempre mais apaixonado
E isso se comprova quando abro o olho e vejo que com o travesseiro estou abraçado
Sonho o provável
Coisas que aconteceram no dia
Sonho com teu sorriso notável
Ou ainda que você na praça me via
Sonho imaginando como seria eu sem você
Sonho pensando se pra isso existe  um porquê
Sonho um passado misturado com o presente
Mas, o que eu mais queria era sonhar o futuro e guardar tudo na mente
Imagine a nós naquele frio de uma noite de verão
Decerto, sonhar acordado seria mais que uma obrigação
Sonho com um mundo melhor
Sonho coisas que muitos sonham
Mas, se sonho que posso ser maior
É porque meus sonhos por aí voam

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Medindo a paixão

Não é do tamanho do mundo
Mas, representa uma espécie de conjunto
Não é real 
Porque se fosse, não mexeria tanto com meu emocional
Não é ligeiro
É tão calmo, que dia a dia sinto-o como um vento passageiro
Não me dá segurança
Porque se desse, não seria eu mais uma criança
Não me deixa fugir
Porque seria o mesmo que viver sem dormir
Não sabe dizer 'sim' ou 'não'
Quando estou nunca tamanha indecisão
Não chama-se paixão
Tenta me iludir, ser uma espécia de comunhão
Mas, sei que é paixão
Porque  mesmo quando o céu está sem estrelas 
O mais importante não é dormir, e sim toca-la ou vê-la
Não me dá escolhas de continuar
Faz de tudo, 
E tudo significa tirar meu ar

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Por você eu faria

Quando leio esse poema, minha cabeça eu coço
Meu deus, lembro do teu jeito, isso me arrepia
Aquele lugar, tu sabes, só nosso
Por você eu faria
Em noites estreladas de verão
A lembrança do teu corpo me contagia
Sabe, perder o chão
Por você eu faria
Pra não falar da tua voz
Que soa como melodia
Nossos momentos a sós 
Por você eu faria
Posso viajar a lugares desconhecidos
Ou me perder na periferia
Mas, nos tornar conhecidos
Por você eu faria
Posso ir para o sul, para o norte
Pra qualquer outro lugar eu iria
Pois teu amor me faz mais forte
Por você eu faria 
Lembra o dia que tua mão eu segurei?
Talvez de um prédio eu me jogaria
Ideia tola, logo pensei
Por você eu faria
Te encontrar aqui nesse lugar tão distante
Pode ter certeza que era o que eu mais queria
Para fazer eterno esse instante
Por você eu faria
Quando eu partir, encontre um gênio
Sei que pelo meu nome você pediria
Mas, te dar meu oxigênio
Por você eu faria 
All this words, is what i wanted to say
Since i met you 
Lets enjoy our moments, like if it was our last day
And all this, i would do for you







Produzido conforme à parceria de Natan Chocolate




terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Menino chocolate. parte 2

Eram nos tempos da menor idade 
Que eu costumava andar pela minha cidade
Sem capacete
Apenas com um cigarrinho e o meu skate
Descendo as ladeiras encontrei o menino chocolate
Difícil foi segurar o sorriso
Para isso era preciso
Que pensasse em algo triste
Tipo ficar no quarto a comer alpiste
Mas, não!
Agora temos a opção
De deixar para trás o mau
E dar um flip no movimento 180º
Na vida de montanha russa que vivemos 
O menino chocolate mostrou que em apenas dias nós aprendemos
A ser mais cautelosos
Pelo menos a improvisar um bom som
Coisas da mente nos atrai
Mas, toda vez que tento dar uma de herói meu ego cai
O menino chocolate entrou na universidade
Incrivelmente não foi só por piedade
Ele estudou
Na faculdade ingressou
Mas, pensar em me esquecer ele sequer a ideia cogitou
Portanto, virão textos em sua homenagem
Sentimentalismo, talvez 'boleragem'
Basicamente a representação de seu personagem
Nego ne-yo ou mcknight
O que importa é que enquanto deu nós curtimos a night
Na companhia daquela 'nati.'
Sempre misturada com sprite...
Tempos bons!
Tipo comprar bombons
No mercadinho da tia
Um papo jovem bater
Sem calcular a quantia
Apenas seguindo traços para se viver
E hoje a saudade em mim vem bater
Só de lembrar de tudo isso já percebo que preciso esse texto terminar
Parar de improvisar
Porque o menino chocolate precisa parar de rir 
Pelo menos pra hoje ir dormir

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jamaica brasileira

Correr na praia,
À noite acender uma fogueira
Ficar com a galera a noite inteira 
E deixar que o sono venha de forma natural 
Acordar cedinho,
Pegar a prancha e surfar sozinho
Olhar para a árvore que na areia balança 
E insistir em trazer à tona  boas lembranças 
Pegar uma, duas, ou até vários ondas 
Remar sem pressa, sem medo 
Porque a natureza é minha amiga
O mar em situações assim sempre me abriga
O verão que por si só já me faz sorrir 
Hoje me diz que preciso ser mais grato
Moro em um lugar abençoado 
Cujos detalhes foram feitos em total harmonia
E nada seria mais ironia
Se por meus olhos uma lágrima de felicidade nesse chão não tivesse chegado 
Poesia mesmo não são as palavras que hoje escrevo
O verdadeiro poeta foi o criador disso tudo
E de que vale o paraíso se os amigos não estão junto?
Portanto, agradeço por hoje e por ontem
Pelo verão que se passa
E o inverno que vai chegar 
Meus ouvidos só querem que todos me contem 
Que estão felizes em casa ou na praça 
E que o outro verão está próximo a chegar
Até lá
No cantinho fico com meu violão
Estudo e trabalho fazem parte
Mas, nada que me mate 
Pois, tudo isso vai estar pra sempre no meu coração

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu e ela

Eu e ela
É tipo barco à vela
Que num sábado de céu aquarela
Fica a observar ao pai que o filho zela
Eu e ela
Não faz sentido falar por si só
Tem-se que considerar o tal nó
Que nós dois formamos sem dó
Eu e ela
Avenida vazia e folhas caindo ao chão
Saímos todas as tardes para comprar pão
Mesmo que seja aqui ou na avenida São João
Eu e ela
Somos como duas aves no feriado
Sem rumo predestinado
Com o coração loucamente alucinado
Eu e ela
Ainda somos feito criança
Por que ter medo de aliança
Se nos queremos por mais que uma dança?
Eu e ela
É o fator determinante de sonhar
É tipo nunca desesperar
É saber que nada,
Nada,
Será tão forte
Quanto nós se vida nos restar
Eu e ela
O pior casal do mundo
Só porque somos diferentes do imundo
E preferimos não ter tudo
Eu e ela
Ela e eu
Nós quatro
Seja na praia ou no teatro
Vamos ser sempre como aquela noite na viela
Seremos só eu e ela...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bem vindo à festa

Levante-se da cama
Seja forte mais essa vez
Force um sorriso se alguém te chama
Seja o protagonista de um dia normal, talvez
Mas, saiba que hoje à noite você precisa mudar
Seja o superior
Seja tudo aquilo que seus verdadeiros amigos sempre gostaram
E se o momento não é bom
Não desista, afinal, por momentos assim muitos já passaram
Eu e você somos os convidados dessa grande festa
Em que o valor da vida deve ser considerado especial
Abrace, ou apenas dance
Pois, tudo está a seu alcance
Hoje você só fica triste se quiser
Olha ao seu lado e me diga se o dinheiro tem valor agora
Você só se prende a isso se quiser
Vem, corra, voe, respire, já é a hora

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dor, pra que te quero?

Dor, não venha dormir em mim essa noite
Não tenho cara de pousada
Você deve seguir sua estrada
Dor, não pense que sinto saudades de ti
Pois, estou tão livre agora
Que você voltar já não seria uma boa hora
Dor, se causas tanto sofrimento 
É porque, certamente, não ouve aos gemidos
Deixas as lágrimas escorrerem no rosto do oprimido
Dor, sou simples e tão pouco especial
Não nasci com um coração de pedra 
Também não estou habilitado pra mais uma queda
Dor, leve consigo as lembranças que um dia você trouxe
Eu preciso viver momentos bons nesse e no outro ano
Viver contigo não está nos meus planos
Pois, dor, não insista em dizer que sou forte
Sei que sou
Mas mexer com meu ânimo só você até agora ousou
Dor, amor antigo decerto tem que ser apenas passado
Não adianta colocar obstáculos em minha frente
Pois, eu irei derrotar qualquer oponente
Dor, a natureza, os amigos e minha família não tem culpa
Se eu errei foi porque incompetente eu fui
Mas, não me jogue contra eles só porque amor você não possui
Dor, seja um sujeito inexistente
Seja tudo aquilo que talvez eu não sinta
Se for necessário até minta
E dor, existe coisas que gosto, coisas que realmente venero
Mas, se você já foi expulso de todos os roteiros que eu posso seguir
Então, dor, pra que te quero?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Noites

Não preciso de um dono,
Não preciso de um provável senhor...
Quero optar, 
Quero ser livre pra sonhar.
Poder escolher me faz gozar de alegria, 
Não preciso de dinheiro porque um sorriso já me contagia.
Coisas fúteis já podem de mim sair,
Tecnologia vã e seus luxos também, 
Se essa noite eu estiver no meu quarto
Ou talvez na praia,
A paz de um bom som vai levar embora meu fardo...
Feliz, pois, quem faz o mesmo que eu
Porque foram nas noites que meu medo se escondeu.
E nessa pouca ou quase ausência total de luz 
Eu preciso falar coisas que ninguém pensou em falar
Noites estreladas ou pelos postes iluminadas 
Hoje fazem de mim um filho de Jeová.
E enquanto tudo isso se passa 
O sol insiste em aparecer
Ele está esperando a noite se afastar da praça
Pra pôr fim em meu sonho de um dia crescer, 
Virar um homem, pois então que seja
Ser gente grande às vezes me assusta
Quem dera ser uma eterna criança 
Assim não perderia amores por erros
Filhos e amigos nos violentos becos
A esperança que me foi dado por herança...
Quem dera essa noite você entender que a vida é mais
Do que você sempre pensou que fosse:
Rotina ligeira,
Entretanto, apenas uma longa canseira
Em que eu você não passamos de bonequinhos ou até seres humanos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sujeito homem

Tanto quanto o estudo,
O trabalho nos deixa alienados
E agora já estamos condenados
Nesse mundo que todo mundo quer tudo...
Seja em Paris ou aqui
O sujeito homem quer o não necessário,
Quer ser dono do poder monetário
Ou ainda deseja ter o nome no sumário
Porém, esquece dos sentimentos
Nem a natureza sequer o suporta
E hoje ele sorri, 
Pois encontra poder dentro de si
E acha que vai ser para sempre
Mas, o sempre tá sempre la na frente 
E a gente sempre cansa na metade
Nessas horas até bate saudade dos tempos da menor idade...
Na esperança de um mundo melhor ele até movimenta seus dedos
Mas, se o sujeito homem persiste em não amar
Isso se torna tão irônico quanto querer voar
As crianças estão nos cantos 
Choram hoje pelo erro do ontem
Sei que não faço parte de nenhum grupo de santos
Afinal, sou humano, sou sujeito homem