terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Menino chocolate. parte 2

Eram nos tempos da menor idade 
Que eu costumava andar pela minha cidade
Sem capacete
Apenas com um cigarrinho e o meu skate
Descendo as ladeiras encontrei o menino chocolate
Difícil foi segurar o sorriso
Para isso era preciso
Que pensasse em algo triste
Tipo ficar no quarto a comer alpiste
Mas, não!
Agora temos a opção
De deixar para trás o mau
E dar um flip no movimento 180º
Na vida de montanha russa que vivemos 
O menino chocolate mostrou que em apenas dias nós aprendemos
A ser mais cautelosos
Pelo menos a improvisar um bom som
Coisas da mente nos atrai
Mas, toda vez que tento dar uma de herói meu ego cai
O menino chocolate entrou na universidade
Incrivelmente não foi só por piedade
Ele estudou
Na faculdade ingressou
Mas, pensar em me esquecer ele sequer a ideia cogitou
Portanto, virão textos em sua homenagem
Sentimentalismo, talvez 'boleragem'
Basicamente a representação de seu personagem
Nego ne-yo ou mcknight
O que importa é que enquanto deu nós curtimos a night
Na companhia daquela 'nati.'
Sempre misturada com sprite...
Tempos bons!
Tipo comprar bombons
No mercadinho da tia
Um papo jovem bater
Sem calcular a quantia
Apenas seguindo traços para se viver
E hoje a saudade em mim vem bater
Só de lembrar de tudo isso já percebo que preciso esse texto terminar
Parar de improvisar
Porque o menino chocolate precisa parar de rir 
Pelo menos pra hoje ir dormir

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Jamaica brasileira

Correr na praia,
À noite acender uma fogueira
Ficar com a galera a noite inteira 
E deixar que o sono venha de forma natural 
Acordar cedinho,
Pegar a prancha e surfar sozinho
Olhar para a árvore que na areia balança 
E insistir em trazer à tona  boas lembranças 
Pegar uma, duas, ou até vários ondas 
Remar sem pressa, sem medo 
Porque a natureza é minha amiga
O mar em situações assim sempre me abriga
O verão que por si só já me faz sorrir 
Hoje me diz que preciso ser mais grato
Moro em um lugar abençoado 
Cujos detalhes foram feitos em total harmonia
E nada seria mais ironia
Se por meus olhos uma lágrima de felicidade nesse chão não tivesse chegado 
Poesia mesmo não são as palavras que hoje escrevo
O verdadeiro poeta foi o criador disso tudo
E de que vale o paraíso se os amigos não estão junto?
Portanto, agradeço por hoje e por ontem
Pelo verão que se passa
E o inverno que vai chegar 
Meus ouvidos só querem que todos me contem 
Que estão felizes em casa ou na praça 
E que o outro verão está próximo a chegar
Até lá
No cantinho fico com meu violão
Estudo e trabalho fazem parte
Mas, nada que me mate 
Pois, tudo isso vai estar pra sempre no meu coração

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Eu e ela

Eu e ela
É tipo barco à vela
Que num sábado de céu aquarela
Fica a observar ao pai que o filho zela
Eu e ela
Não faz sentido falar por si só
Tem-se que considerar o tal nó
Que nós dois formamos sem dó
Eu e ela
Avenida vazia e folhas caindo ao chão
Saímos todas as tardes para comprar pão
Mesmo que seja aqui ou na avenida São João
Eu e ela
Somos como duas aves no feriado
Sem rumo predestinado
Com o coração loucamente alucinado
Eu e ela
Ainda somos feito criança
Por que ter medo de aliança
Se nos queremos por mais que uma dança?
Eu e ela
É o fator determinante de sonhar
É tipo nunca desesperar
É saber que nada,
Nada,
Será tão forte
Quanto nós se vida nos restar
Eu e ela
O pior casal do mundo
Só porque somos diferentes do imundo
E preferimos não ter tudo
Eu e ela
Ela e eu
Nós quatro
Seja na praia ou no teatro
Vamos ser sempre como aquela noite na viela
Seremos só eu e ela...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bem vindo à festa

Levante-se da cama
Seja forte mais essa vez
Force um sorriso se alguém te chama
Seja o protagonista de um dia normal, talvez
Mas, saiba que hoje à noite você precisa mudar
Seja o superior
Seja tudo aquilo que seus verdadeiros amigos sempre gostaram
E se o momento não é bom
Não desista, afinal, por momentos assim muitos já passaram
Eu e você somos os convidados dessa grande festa
Em que o valor da vida deve ser considerado especial
Abrace, ou apenas dance
Pois, tudo está a seu alcance
Hoje você só fica triste se quiser
Olha ao seu lado e me diga se o dinheiro tem valor agora
Você só se prende a isso se quiser
Vem, corra, voe, respire, já é a hora

sábado, 14 de janeiro de 2012

Dor, pra que te quero?

Dor, não venha dormir em mim essa noite
Não tenho cara de pousada
Você deve seguir sua estrada
Dor, não pense que sinto saudades de ti
Pois, estou tão livre agora
Que você voltar já não seria uma boa hora
Dor, se causas tanto sofrimento 
É porque, certamente, não ouve aos gemidos
Deixas as lágrimas escorrerem no rosto do oprimido
Dor, sou simples e tão pouco especial
Não nasci com um coração de pedra 
Também não estou habilitado pra mais uma queda
Dor, leve consigo as lembranças que um dia você trouxe
Eu preciso viver momentos bons nesse e no outro ano
Viver contigo não está nos meus planos
Pois, dor, não insista em dizer que sou forte
Sei que sou
Mas mexer com meu ânimo só você até agora ousou
Dor, amor antigo decerto tem que ser apenas passado
Não adianta colocar obstáculos em minha frente
Pois, eu irei derrotar qualquer oponente
Dor, a natureza, os amigos e minha família não tem culpa
Se eu errei foi porque incompetente eu fui
Mas, não me jogue contra eles só porque amor você não possui
Dor, seja um sujeito inexistente
Seja tudo aquilo que talvez eu não sinta
Se for necessário até minta
E dor, existe coisas que gosto, coisas que realmente venero
Mas, se você já foi expulso de todos os roteiros que eu posso seguir
Então, dor, pra que te quero?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Noites

Não preciso de um dono,
Não preciso de um provável senhor...
Quero optar, 
Quero ser livre pra sonhar.
Poder escolher me faz gozar de alegria, 
Não preciso de dinheiro porque um sorriso já me contagia.
Coisas fúteis já podem de mim sair,
Tecnologia vã e seus luxos também, 
Se essa noite eu estiver no meu quarto
Ou talvez na praia,
A paz de um bom som vai levar embora meu fardo...
Feliz, pois, quem faz o mesmo que eu
Porque foram nas noites que meu medo se escondeu.
E nessa pouca ou quase ausência total de luz 
Eu preciso falar coisas que ninguém pensou em falar
Noites estreladas ou pelos postes iluminadas 
Hoje fazem de mim um filho de Jeová.
E enquanto tudo isso se passa 
O sol insiste em aparecer
Ele está esperando a noite se afastar da praça
Pra pôr fim em meu sonho de um dia crescer, 
Virar um homem, pois então que seja
Ser gente grande às vezes me assusta
Quem dera ser uma eterna criança 
Assim não perderia amores por erros
Filhos e amigos nos violentos becos
A esperança que me foi dado por herança...
Quem dera essa noite você entender que a vida é mais
Do que você sempre pensou que fosse:
Rotina ligeira,
Entretanto, apenas uma longa canseira
Em que eu você não passamos de bonequinhos ou até seres humanos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sujeito homem

Tanto quanto o estudo,
O trabalho nos deixa alienados
E agora já estamos condenados
Nesse mundo que todo mundo quer tudo...
Seja em Paris ou aqui
O sujeito homem quer o não necessário,
Quer ser dono do poder monetário
Ou ainda deseja ter o nome no sumário
Porém, esquece dos sentimentos
Nem a natureza sequer o suporta
E hoje ele sorri, 
Pois encontra poder dentro de si
E acha que vai ser para sempre
Mas, o sempre tá sempre la na frente 
E a gente sempre cansa na metade
Nessas horas até bate saudade dos tempos da menor idade...
Na esperança de um mundo melhor ele até movimenta seus dedos
Mas, se o sujeito homem persiste em não amar
Isso se torna tão irônico quanto querer voar
As crianças estão nos cantos 
Choram hoje pelo erro do ontem
Sei que não faço parte de nenhum grupo de santos
Afinal, sou humano, sou sujeito homem