O perigo de achar

É sempre assim
Quando finalmente achamos ser o fim
O recomeço se apresenta
Aí de novo me dizes: "Te senta!"

Achamos saber tudo da nossa família
E começamos a relaxar
Deitado na rede sem me preocupar
Não vês que estás caindo nesta armadilha?

Achamos que sabemos tudo da vida
Que o respeito basta
Que o trabalhar é o suficiente
Mas esquecemos do mel até da ida

Portanto sempre ando achando
Que sei muito do amor
Quase tudo
Mas é só quando aperta a dor
Que admito que preciso ser mais humilde com tudo

Porque nada cai do céu
A nossa amizade, por exemplo
Quem me dera te cobrir com meu véu
Em após uma tarde inteira de contemplo

Sabeis, pois, que sou assim
Acho as coisas erradas
Penso estar correto no presente
Retorno pedindo perdão
Mas ainda sei que vai tudo para o teu consciente de perfeição

O poder da imaginação

Ontem foi um dia muito importante
Não somente porque eu sai e vi a luz do sol
Ou o canto dos pássaros na avenida mais elegante
Assim como também não foi porque brotou mais um girassol
E nem porque senti meu coração pulsar ofegante
Mas, o que realmente me fez piscar os olhos
Foi ter lembrado que existem coisas abstratas nessa vida
E que por mais que a gente tente pôr isto pro lado
Em lugar algum chegaremos
Daremos voltas e novamente estaremos na segunda partida
Estas coisas ao qual julgamos abstratas são simples
Porém não se resumem em fatos

Então andando na rua você me para e fala que sou um louco
Mas é loucura te pedir desculpa depois de uma imensa briga?
Olhar pra essa natureza e ficar de mal não é bom, não gosto nem um pouco
Tanto penso assim, que me ajoelhei e pedi pra que me diga
Ainda gostas de mim?
Será o suficiente para conseguir terminar de ler mais algumas palavras?
Porque se ainda estiver aí pode sorrir, a vida é assim
Com altos e baixos eu posso até te xingar, mas voltar e te amar

É, e esse amor de vidro que eu sinto agora fica fácil de quebrar
Basta você me xingar e me humilhar
Ele não acaba, mas se exala
E esse seu sorriso de cera
Não me seca, mas já era
Agora é tarde, o amor vai ser lindo e simples de se ver
Vai ser chato e compreensível
Mistos de prazer e alegria
Tudo porque não consigo deixar de te ver

Como deve ser lindo continuar tendo o perdão
Me serve de base para melhorar
Me serve de fonte de inspiração
De força e muito em ti ainda procurar explorar
A vida me presentiou muitas vezes,
De fato
Porém, nunca pude agradecer
Devia ter feito esse bom ato
No entanto eu acordo e penso na compaixão
Saudade e iluminação
No poder da imaginação

E se ?

Se as coisas fossem fáceis de entender

Talvez não tivesse que me preocupar tanto
Se existisse atenção eu continuaria a te ver
Mesmo que por um breve período de tempo estejas no canto

Se eu não tivesse que passar noites em claros a raciocinar
Eu acharia tudo fácil demais e logo largaria
Mas se eu achasse que és difícil demais eu iria te ensinar
Não só a ser observadora, mas alegria

Se eu não tivesse que acordar cedo todos os dias
Pensaria que tudo cairá do céu
Assim como o prazer se torna luz
Não compraria nem um véu

Se a sociedade se respeitasse mais
Não haveria acidentes entre carros e bicicletas
Mas somos assim, eu chego e tu sais
Em busca de dinheiro, sempre a mente completas

Se a razão provasse a fé eu acreditaria
Tanto no possível quanto no impossível
Na paz e no invisível
De fato, eu gostaria

Se fosse possível formar uma roda de amigos
E ali contar piadas sem pensar nos problemas
Talvez fossemos uns possuídos
Te extrema atenção e paz

Mas e se eu morresse amanhã?
Como eu iria ter deixado a minha história de vida registrada?
Seriam coisas leves, bobagens e manha?
Ou risadas de significado à vida, coisa não acabada?
Muitas vezes damos sem pensar em receber
Isso só é válido para os fortes de coração
Mas na profunda sinceridade isso é bom de ver
Nada como um agradecimento, um sentimento, um coração
Pois, o valor hoje em dia não é mais real
É tão simples, tão banal, a gente nem vê mais essa propaganda no jornal
É momentânea e projetada
Nada de espontâneo, só ao cansaço atada
Assim, se lês essas palavras
Não deves pensar nos erros
Escolha a certa dentro de diversas estradas
E construa a eterna vida sem entrar nos caminhos obscuros

Não perca oportunidades

Um certo rapaz, novo, resolveu dar um passeio na cidade, afinal, tinha ficado por muito tempo internado no hospital, devido a uma doença. Ali, o jovem avistava um mundo novo, já não via pessoas de brancos, mas agora ele pudera ver diversas cores em diversos tipos. Até que viu uma livraria. Parou, olhou pela vitrina e de lá de fora já pôde ver a linda funcionária que trabalhava no caixa. Então, não pensou duas vezes e entrou na loja. Escolheu o primeiro livro que viu pela frente e levou no caixa. Houve uma troca de olhares entre o casal, porém o rapaz se manteve tímido e não se arriscou a pedir o telefone da adorável garota. Diante daquela situação ela lhe perguntou se era para embrulho de presente, ele respondeu que sim e rapidamente foi embora da loja.
Andando de volta pra casa o jovem não conseguia pensar em outra coisa, só nela, a garota da loja. Chegou em casa e nem sequer abriu o livro, foi direto dormir. No dia seguinte ele logo pensou em ir lá na livraria de novo e tentar agora conseguir o telefone da garota. Chegando, cheio de esperança puxou o primeiro livro que viu e levou-o no caixa, assim como tinha feito na primeira vez. Mas, assim como na primeira tentativa, ele não teve a coragem necessária, simplesmente havia uma trava nele.Todavia, o sentimento e a vontade que o garoto sentia pela jovem funcionária da livraria não era pequeno. E isso serviu de força para ele fazer o mesmo todos os dias. Todo dia as coisas eram as mesmas. Porém, certo dia o jovem resolve aplicar um plano que tinha feito em seu quarto. Consistia nele, de alguma forma, conseguir colocar o seu número de telefone para que se a jovem, caso tivesse interesse, ligasse pra ele. Passados dois dias sem o garoto ir na livraria, ela resolve pegar o telefone que ele deixara com ela e liga para sua casa. A mãe do jovem atende, com uma ar de tristeza, e logo em seguida a garota da livraria perguntou onde ele estava. Já num tom mais triste ainda a mãe do rapaz responde que ele havia falecido há dois dias, pois já não estava respondendo aos tratamentos do seu câncer. Não demorou mais alguns segundos e ambas desligam o telefone. A garota de certo caiu ao chão em lágrimas e a mãe do garoto vai até o quarto de seu filho. Após muito tempo ela não entrava lá, nem sequer para uma limpeza básica, isso ele mesmo gostava de resolver. Chegando lá ela encontra várias pilhas de papel de presente ainda fechadas. Ela, então, se dispõe a abrir o primeiro presente e era um livro, dentro havia um papelzinho escrito: "Oi, meu nome é Paula, meu número é 3321-4169". Vendo isso a mãe do rapaz começa o ardo trabalho de abrir todos os outros presentes, em todos eles haviam o mesmo papelzinho. Ela pensa, olha e chora.
Moral da história:
Perdemos tantas oportunidades, diariamente, constantemente. Não somente em questões conjugais, sentimentais, mas, perdemos a chance de manter a paz e propagar a fé. Tantos reclamam da falta de um momento bom, porém muitos não sabem que a felicidade pode estar dançando do seu lado da pista. Então, dance com a vida pra que seu bom momento exista.