domingo, 29 de abril de 2018

Eu, Mar e Ana.

Mar, eu e tu:
Pertinhos.
Café e cafuné,
Pijama, Ana...
Sorriso teu,
Entardeceu,
Na cabana....
Mar azul, 
Vento suave,
Teu cabelo,
Deixa bagunçado:
Ousado...
Falo sério,
Eu quero,
Minha mão, teu rosto
Macio,
Carinho...
Sem distância,
Eu, tu: crianças,
Risadas,
Abraços,
Laços...
Teu olhar,
Ele não engana:
Somos eu, mar,
Eu, mar e Ana. 


domingo, 15 de abril de 2018

Vou surfar no teu mar

Vou acordar bem cedinho,
Mesmo depois daquela longa noite tomando vinho
E te tirar do nosso ninho...
Te colocar nos meus braços,
Você já aproveita e me dá uns abraços,
E estão feitos nossos laços...
Vou te colocar no mar,
Pegar minha prancha sem demorar,
Para tão cedo a gente surfar...
Se à tarde você quiser acender uma fogueira,
Ficar tipo de bobeira,
No violão soltando aquela batida regueira,
Saiba que sem pressa irei esperar,
E no corre-corre dos bichos
Eu vou surfar no teu imenso mar...

segunda-feira, 26 de março de 2018

Café italiano

Um dia,
Num cantinho,
Escondidinho,
Na Itália...
Vou dedilhar dois ou três acordes
De uma música feliz,
Que eu fiz,
Só de bermuda e sandália...
Esse dia vai chegar,
Pode apostar,
Já comprei meu café
E agora o meu violão vou afinar...
Tenho todo tempo do mundo,
Acredito nesse dia de rei,
Embora agora eu seja um estudante moribundo,
De tudo isso um dia eu rirei...
Aproveitando o otimismo:
Antes que alguma coisa me abale,
Tomo, sereno, meu Pressppuccino Speciale...


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Ventinho da noite de verão

Ventinho da noite,
Que toca, refresca.
Faz lembrar da adolescência,
Do beijo na testa.
É esse ventinho da noite,
Que do oeste talvez venha,
Me toca sem permissão
Mas me acalma com imensidão.
Vento da noite de verão,
Das férias, dos dias de flor,
Do amor forte, o primeiro amor.
Ventinho de verão,
Eu e meu violão,
Você,
Eu, você,
Eu, violão, você e fogueira:
Que doideira.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Nossa vida

Antigamente, mas não tão antigamente assim, quero dizer, antes que minha vida fosse transformada completamente, eu costumava dizer que a vida era uma montanha russa ou algo do tipo. Isso era a ilustração mais próxima para a minha vida: às vezes subindo rápido demais, seguido de uma parada lá em cima, depois um período com a vida de cabeça pra baixo, por fim uma descida alucinada e assustadora. Era um ciclo, e esse ciclo seguia. Mas hoje eu mudei minha percepção da vida e portanto tenho uma nova ilustração. Para mim, agora, a vida é só uma aventura em uma região montanhosa: estamos no plano, e prosseguimos visando um propósito maior. Porém às vezes aparece umas montanhas no meio do caminho e precisamos passar por elas, escalando-as. O mais legal é que nós nunca tropeçamos, de fato, em montanhas, mas sim em pequenas pedras que também estão no nosso percurso - elas estarão lá, independente do percurso escolhido. Essas pedras são os problemas diários, é o estresse na faculdade, são problemas familiares, é uma decepção amorosa, são pessoas que nos entristecem. Mas tendo os olhos bem abertos, minimizamos os tropeços e escalamos as montanhas, que são nossos desafios. Depois da subida vem a descida, que também é outro desafio. É preciso saber subir e saber descer, é preciso saber vencer e saber atuar após uma vitória. Então, o que difere a descida da montanha e a antiga descida alucinada da montanha russa? A velocidade. Os equipamentos nos dão mais segurança e tranquilidade, nos ajudam na descida. Mas a principal diferença é que no caso das montanhas da nossa vida aventureira não se trata de um ciclo, mas de um roteiro com  início e fim bem definidos. O saldo final dessa aventura é positivo. As experiências e o aprendizado nos levam para o prêmio final: felicidade.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Café no final da tarde

Já está marcado: no final da tarde do sábado iremos tomar café.
Está combinado, embora o meu preferido ela não saiba qual é.
Vem de longe, sequer sabemos de onde exatamente...
Não tenho nada em mente,
mas proponho que tomemos
esse café num sábado cujo vento
 nos toque.
Para que, assim, haja um equilíbrio
de sensações: o calor e o frio.
 Pois o calor sem o frio faz suar
a testa e o abraço não é bem-vindo;
e o frio sem o calor é perigoso demais!
Já está acertado, então:
vamos tomar café no final da tarde de um sábado com ventos de verão.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Eu mudei

Não vou torcer pelo teu insucesso,
nem esperar o teu mal.
Desejo apenas o meu progresso
e a paz universal.
Menina, a minha cabeça é outra,
o meu pensamento mudou.
Sei que sofremos,
mas o amor me encontrou.
Jogado ao chão, com as roupas rasgadas,
não lamento o passado pois são águas passadas.
Conheci o sentido das palavras,
inclusive o sentido da vida.
Em experiências reais,
na chegada e na partida.
Considero o meu passado como esterco.
Não me orgulho de quem eu era.
Não sinto saudade e não olho pra trás.
Na verdade, como eu disse, eu mudei.
O velho homem abandonei.

domingo, 12 de julho de 2015

Minha oração

Que lágrimas virem sorrisos
Que tristeza dê lugar à felicidade
Que as ondas voltem a quebrar na nossa direção, trazendo a paz de espírito que eu preciso ter pra encarar o dia a dia com dignidade
Que laços de ternura sejam formados
Que haja mais cor e beleza
Que haja sol algum dia em algum lugar pra que eu possa correr levemente como um pássaro que voa sem saber ao certo aonde ir
Que eu veja flores e encontre nelas uma perfume único e natural
Que o vento leve embora toda dor
Que o vento traga pra mim o amor

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Amor sem tamanho

Um metro e cinquenta e seis
E um rosto lindo que deus fez.
Perdi o sono, perdi o controle,
Essa menina me tirou a lucidez...
Tenho sonhado em correr pelos campos, nadar no melhor mar,
Conhecer lugares diferentes, com um ídolo cantar.
Acordar e lembrar que cada dia é uma nova chance de ser feliz,
Olhar pra ti e entender o que teu olhar me diz.
Pegar na tua mão e seguir viagem,
Sem destino, sem programação.
Quero que me chame de louco e me abrace,
Quero sentir o bater do teu coração.
Contigo quero almoçar naquele restaurante de estrada,
Contigo quero viver extremos.
Para que no final vejamos
Que nada mais importa se um ao outro nós temos.
Quero esconder o mal antes que ele chegue em ti,
Quero evitar que uma lágrima caia no teu vestido cetim.
Quero escondido na tua janela te ver dormir,
Quero ficar contigo e nunca pensar em partir.
Quero te deitar no meu colo ou no meu ombro,
Na simplicidade te fazer carinho e cafuné.
Quero te morder de leve,
Porque santo ninguém é.
Quero que se sinta menina,
Que se sinta mulher.
Te dar tudo ou um pouco daquilo que você quer.
Quero sem demora te revelar um segredo:
Não quero nada além da felicidade,
Nem voltar aos tempos da menor idade.
Quero conquistar, sem dor,
Todo teu amor.

domingo, 29 de setembro de 2013

Escutar alguma coisa tua

Quanto tempo deve-se investir em quem se gosta, em quem se ama?
Como saber quanto tempo é necessário esperar pela concretização do sonho?
Eu já bebi todo esse vinho sozinho e ainda não descobri...
Já caminhei pelas ruas mais movimentadas e mais desertas 
Sentei sozinho na sacada de casa e olhei o farol dos carros
E ainda não descobri quando é hora de calar e hora de falar...
Como saber se o beijo na boca é o que você quer agora?
De que forma vou conseguir utilizar a noite somente para dormir como antes?
Escutei as músicas que mexem com minhas lembranças
De madrugada lembrei que ainda sou criança e não saí do primeiro amor
E ainda não descobri...
Só quero escutar alguma coisa tua 
Lentamente, a verdade nua e crua


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Prometo ser correto

Tocar a campanhia da tua casa,
De noite, de surpresa, 
Sem aviso prévio,
 Com sutileza.
Segurar tua mão,
Olhar no teu rosto, 
Tremer um pouco, 
Mas manter o posto.
Teus pais nos olhando,
Cachorro latindo,
Não pensar muito, 
Insegurança sumindo.
Sem mentira, 
Te contando toda a verdade,
Que você foi minha única amiga,
Que te afastei mais por vaidade.
Te dizer que te sinto longe,
Mas, sim, te quero perto
Reconhecer imaturidade,
Prometer tentar ser correto.


sábado, 20 de julho de 2013

Gabriela

Gabriela
Ganhei o dia quando me reecontrei com ela,
Briguei pra manter o sorriso no rosto dela,
Ela me agradeceu com um abraço.
Gastei  minhas estratégias de conquista
Brindando várias vezes meu jeito altruista,
Ela juntou a mão com a minha em forma de laço.
Garanto que ela esperou mais de mim,
Brilho nos olhos, eu percebi
Ela não negaria um beijo mesmo que com atraso...

sábado, 29 de junho de 2013

Segurar tua mão outra vez

Um sentimento único e estranho. Estranho porque foge do normal, naturalmente. Mas estranho. Te querer por perto pra ouvir tua voz, ver teu sorriso e sentir teu cheiro. Não te peço em namoro ou casamento, não tento te atacar, te respeito integralmente. Amizade. Melhores amigos. Quero isso pra mim, me faz bem. Mas é estranho. Porque quando não estou contigo, sinto-me triste e sozinho, embora esteja numa faculdade lotada ou escritório cheio de gente. Sinto-me, talvez, como uma criança, e começo a pensar na minha família que está distante, e sobretudo na minha adolescência que não volta mais. A gente vai ficando velho e começa a comparar os tempos, deixando claro pra todo mundo que no passado tudo era melhor. E reclamo da vida, e faço cara feia, aparência de pessoa triste. Tu não sabe, mas, sim, eu tenho uma solução. Ao menos tenho pensado numa possível saída. Precisamos estar perto. Preciso segurar tua mão outra vez, hoje, próximo final de semana, numa segunda-feira chuvosa, numa sexta à noite no shopping, num sábado de sol antes da festa. Chega de viver essa vida pacata. Vamos nos animar, sair para lugares novos, vamos ver pessoas diferentes, quem sabe vamos beber sozinhos, sem ninguém. Não há tempo a se perder. Diz pra mim que eu estou certo... Segura minha mão outra vez e vamos embora.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Perfeição

Ela é magnífica, é sensacional
Torce pro grêmio, não para o internacional.
Ela me tira a concentração
Com um uma breve mostra de sorriso,
Sabe que mexe com minha imaginação.
Ela não pode mudar, é o jeito dela
Ela é musa, modelo principal na passarela
Ela só precisa de segundos para me estontear,
Mas, alerto, ela também me tira o ar.
Sei o seu nome, até sei seu sobrenome
Vi suas fotos, perdi o sono, perdi a fome.
Olho aos céus e me pergunto por que tanta beleza reunida
Ela sempre para minha avenida.
Para toda a cidade como uma espécie de fenômeno natural,
Não sei se sem querer ou de modo proposital.
No paraíso certamente falta brilho, falta cor
Pois ela reuni tudo isso com bastante fervor.
Ela é voz, violão, canção.
Ela é noite de verão.
Ela é censura e difamação.
Ela é a perfeição.

sábado, 4 de maio de 2013

Nossas vidas

Nossas vidas estão tão íntimas,
Que não tenho ideia de como faço pra te esquecer.
Nossos problemas costumam ser tão ínfimos,
Que não sei se estou exagerando teu proceder.
Nossas vidas se encurralaram naquela rua,
No momento em que eu menos esperava,
E que eu mais precisava.
Nossas vidas são como a neve do inverno,
Tem aspecto de pureza,
Contigo não ando de terno,
E sempre levamos com leveza.
Nossas vidas são como as cordas de um violão,
Que numa noite qualquer vibram juntas,
Combinam-se as mãos,
E já esquecem-se as perguntas.
Nossas vidas resumem-se a momentos,
Que eu queria muito repetir,
Mas momentos são únicos,
Precisamos sobre isso refletir.
Nossas vidas fazem emergir toda a dor
Mas só nossas vidas fazem visível todo nosso amor