quinta-feira, 16 de junho de 2016

Nossa vida

Antigamente, mas não tão antigamente assim, quero dizer, antes que minha vida fosse transformada completamente, eu costumava dizer que a vida era uma montanha russa ou algo do tipo. Isso era a ilustração mais próxima para a minha vida: às vezes subindo rápido demais, seguido de uma parada lá em cima, depois um período com a vida de cabeça pra baixo, por fim uma descida alucinada e assustadora. Era um ciclo, e esse ciclo seguia. Mas hoje eu mudei minha percepção da vida e portanto tenho uma nova ilustração. Para mim, agora, a vida é só uma aventura em uma região montanhosa: estamos no plano, e prosseguimos visando um propósito maior. Porém às vezes aparece umas montanhas no meio do caminho e precisamos passar por elas, escalando-as. O mais legal é que nós nunca tropeçamos, de fato, em montanhas, mas sim em pequenas pedras que também estão no nosso percurso - elas estarão lá, independente do percurso escolhido. Essas pedras são os problemas diários, é o estresse na faculdade, são problemas familiares, é uma decepção amorosa, são pessoas que nos entristecem. Mas tendo os olhos bem abertos, minimizamos os tropeços e escalamos as montanhas, que são nossos desafios. Depois da subida vem a descida, que também é outro desafio. É preciso saber subir e saber descer, é preciso saber vencer e saber atuar após uma vitória. Então, o que difere a descida da montanha e a antiga descida alucinada da montanha russa? A velocidade. Os equipamentos nos dão mais segurança e tranquilidade, nos ajudam na descida. Mas a principal diferença é que no caso das montanhas da nossa vida aventureira não se trata de um ciclo, mas de um roteiro com  início e fim bem definidos. O saldo final dessa aventura é positivo. As experiências e o aprendizado nos levam para o prêmio final: felicidade.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Café no final da tarde

Já está marcado: no final da tarde do sábado iremos tomar café.
Está combinado, embora o meu preferido ela não saiba qual é.
Vem de longe, sequer sabemos de onde exatamente...
Não tenho nada em mente,
mas proponho que tomemos
esse café num sábado cujo vento
 nos toque.
Para que, assim, haja um equilíbrio
de sensações: o calor e o frio.
 Pois o calor sem o frio faz suar
a testa e o abraço não é bem-vindo;
e o frio sem o calor é perigoso demais!
Já está acertado, então:
vamos tomar café no final da tarde de um sábado com ventos de verão.