sábado, 28 de abril de 2012

Filosofia de amor

Não precisa ser rei ou doutor
Pra entender que o remédio pra dor
É o amor
Mas, se você se esconde e corre
Preciso te falar que ninguém morre
Por amor
Não interessa se é sabedor
E da vida se faz professor
Em amor
Porque de tudo que vi 
Eu jamais esqueci
Do amor
Mas, se não for pescador
E num sonho ousou
Enfrentar o amor
Te alerto, te falo
Por fim eu me calo
E vivo o amor

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eu e você - mutualidade

Eu desmarcaria minha presença no jogo de futebol
Para ir passear com você
Eu diria para o meu patrão que estou doente
A fim de cuidar de você
Eu ligaria para os meus pais avisando que não posso ir ao jantar da sexta-feira
E ficaria deitado assistindo filme com você
E se o som das nossas vozes não fossem o suficiente
Eu buscaria o violão e lhe faria uma serenata
Você sabe que sim
E quando o sono batesse
Eu deixaria de ser humano 
Anularia qualquer cansaço para te vigiar
Mas como ainda sou humano
A única coisa que posso fazer é contigo sonhar
E você sabe que tudo isso eu faria
Se você fizesse o mesmo por mim 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma dose a mais de coragem, por favor!

O frio invade
Sinto-me com mais idade
Não pelo tempo que passou
Mas, pelo tempo que com você não estou
Escuto um som de muito longe
Não sei diferenciar
Talvez seja tua gargalhada
Ou teu resmungar
Os outonos são sempre os mesmo
Os invernos não
Agora eles são mais rigorosos
Mas, você ainda longe aquece meu coração
Saudade de sentir pudor
E necessidade de sentir teu calor 
Nada mais posso fazer
Uma dose a mais de coragem, por favor!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Deitado em teu colo

Deitado em teu colo
Segurando tua mão
Nada mais me tira a atenção

Seja vendo as estrelas
Ou pensando em coisas pra dizer-te 
Essa noite vai ficar guardada no meu coração

Chamo-te de menina
Porque gosto do teu meigo olhar
Mas te sinto mulher
Porque aprendi contigo o que é amar

Apenas não tenha medo
Amar jamais foi crime
Mas, se algum dia for
Segures em mim que pra longe iremos viajar

Noites frias, 
Dias quentes
É difícil saber se mentes
Pois, tu és diferente das outras gurias

Sobre o banco da praça
Podemos ficar a noite inteira,
Sem medo dessa raça 
Que insiste em fazer do amor uma coisa passageira...

E pensando em tudo isso
Vamos calmamente relaxando..
Tocando.. pensando.. 
Aman...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Só nós dois

Na paciência dessas ondas do mar
Eu começo a nos imaginar..
É mais que mera sorte, 
Não há nada que importe,
Se você me amar..
Eu quero ter dentro de mim essa paz,
Coisas que só você entende e faz,
E por mais que o ar me inspire
Pra fazer sonetos livres,
Teu sorriso é bonito demais..
É um sonho bobo, 
Não importa, vou te contar
Vi no céu aquele brilho lindo do seu olhar..
Como um passado, um presente,
Um futuro improvisado,
Essa noite não pode acabar..
Vem cá, senta do meu lado
Até as estrelas vão se apaixonar
Não dá.. pra ficar parado
Teu sorriso é o som desse luar..
"_Essa noite vai ter fim", 
Foi o que disse a maré, 
Pra você ficar perto de mim..
Se o frio da praça insistir em tocar você, 
Pode deixar comigo que eu vou te aquecer..
E não precisa me pedir
Pra me ver sorrir depois, 
Pois sempre e sempre
Será o início
De nós dois..

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A onda e o vento

Certo dia, porém, num local em que nenhuma presença humana fora sentida, intrigavam entre si a onda e o vento. A onda não entendia por que todos esses anos, por toda a existência do planeta, tivera que suportar pacientemente o seu companheiro natural, o vento. Não tinha uma noite sequer de paz (raras ocasiões) em que a onda pudera dormir sossegada. Ele não parava, era inquieto, era constante, era frio, estava sempre empurrando a pobre da onda que, sem força e até sem respostas para aquilo, nada fazia, tornava-se realmente passiva. Entretanto, um dia isso mudou, a onda caiu em si e voltou-se contra o vento, perguntando-o: _"Vento, por que insistes em ficar me importunando, será que não tens mais a fazer? E o vento, já ofendido pela objeção da onda, rebateu dizendo: _"Não importa o que tenho a fazer! Pudera ou quisera estar longe de ti, mas estamos traçando o mesmo sentido ao qual o criador do universo nos destinou." A onda, por fim não entendendo, não falou mais nada. Enquanto ambos, companheiros de uma eternidade, de infinito espaço de tempo, não se falavam, criou-se um vácuo entre suas razões, pois, ambas decerto não sabiam a real resposta para tudo aquilo, o porquê de viverem juntos e terem pensado naquilo tão tarde. O vento, muito tempo após ter ofendido sua amiga onda, disse a ela: _ "Desculpe-me, companheira, pois não soube ser gentil ao teu holocausto, a verdade é que encontrei uma possível resposta: não podemos nos separar, tu precisas de mim, eu preciso de ti, gero teu movimento, todo teu mover depende de mim, ao passo que se não fosse esta minha função natural, o que restaria de mim?" A onda assentiu, pois, agora não restava dúvida, era a resposta que ela procurava, mesmo não encontrando sentido nessa obrigatoriedade do destino, cuja principal objeção é aceitar e seguir a vida.
Assim é na vida real. Tantas coisas nos são colocadas no caminho, tantas aventuras temos de percorrer, mas, se muitas vezes não encontramos respostas, logo desistimos. A paixão é assim, o exemplo mais destacável possível. Ela nos pega de surpresa, muitas vezes pode nos fazer feliz e nos conduzir ao amor, entretanto, muitas vezes pode nos arrastar para um mundo de tristeza e melancolia que nos deixa cego - no sentido literal da palavra. Assim como as ondas precisam do vento, nós precisamos do amor. 

domingo, 1 de abril de 2012

Vou surfar no teu mar

Vou acordar bem cedinho
Mesmo depois daquela longa noite tomando vinho
E te tirar do nosso ninho...
Te colocar nos meus braços
Você já aproveita e me dá uns abraços
E está feito nossos laços...
Vou te colocar no mar
Ir pegar minha prancha sem demorar
Para tão cedo a gente surfar...
Você vai dizer que não consegue
Vai fazer charminho pra que eu te pegue
E eu vou te atacar como um moleque...
Enquanto você preenche qualquer vazio do meu coração
Sinto bem pertinho de mim a tua respiração
Que de tão intensa me mostra em detalhes o tamanho dessa paixão...
Mesmo que o relógio lá no quarto não esteja nos esperando
Eu planejei agora estar surfando
Mas, como conseguir se você insiste em ficar me beijando?
É magia, é desejo, é um sonho
Teu sorriso me contagia, daquele jeito, eu suponho...
Se à tarde você quiser acender uma fogueira
Ficar tipo de bobeira
No violão soltando aquela batida regueira,
Saiba que sem pressa irei esperar
E no corre-corre dos bichos
Eu vou surfar no teu imenso mar...